domingo, 10 de outubro de 2010

CAP II

Que bela esta mulher. Um misto de beleza e sensualidade, sem nenhum momento inspirar vulgaridade. Deitada languidamente no sofa, como se estivesse em seu proprio aposento, os olhos fechados, a voz macia.
Perguntei se gostaria de tomar agua, ou um cafe.
Ela respondeu delicadamente que nao.
Sentei-me proxima a ela, em uma poltrona e perguntei-lhe por vinha.
Ela se ajeitou, olhou nos meus olhos e disse que precisava de um amigo.
Lhe expliquei que estava ali como medico, ela disse que precisava de mais.
Mas, que a principio aceitaria esta situação. O tempo diria que seriamos muito mais.
Fui direcionando o assunto para conhecer um pouco mais desta intrigante mulher.
Alice tem 34 anos. Filha do interior, vive na cidade grande desde criança.
Formada em relacoes publicas, trabalha em uma empresa de eventos.
Tem uma vida social ativa, gosta de viagens e muitos, muitos amantes.
Agora ela esta aqui, sentada na minha frente, e por alguns momentos fico sem reaçao.
Esqueço-me da posiçao em que nos encontramos, eu medico e ela paciente.
Imagino nos dois em algum outro lugar, tomando um drinque, conversando sobre outros assuntos.
Pergunto-lhe sobre os seu dia.
Ela descreve minuciosamente desde o promeiro instante que acordou ate agora.
Quase nao ouço as suas palavras, perdendo-me em devaneios.


sábado, 9 de outubro de 2010

CAP. I

Um perfume adocicado invadiu a sala.
A sua primeira consulta estava marcada para ontem a tarde, mas ela ligara antes pedindo para adiar para esta manha.
Sempre fico ansioso por conhecer novos pacientes. Principalmente mulheres.
Ela se apresenta. Calma e fria, percebi.
Pergunto se gostaria de se sentar.
Ela me sorri, dizendo que gostaria mesmo era de se deitar.
Aponto-lhe o sofa aconchegante.
Percebo o seu andar leve, o vestido de tecido suave, dançando em seu corpo, de modo sensual. Afasto logo estes pensamentos, e tento me concentrar no verdadeiro motivo de te-la em meu consultorio.
Uma breve apresentaçao.
Sou medico psiquiatra, tenho 65 anos, casado, 3 filhos, 5 netos e moro em uma grande cidade do Brasil. Atendo em um consultorio particular alguns clientes e tambem em um hospital publico em uma comunidade carente.
Classe media alta, vivo confortavelmente em um apartamento com minha esposa e uma velha empregada.Vida social calma. Amo o meu trabalho, e pretendo ainda continuar por pelo menos mais ou menos dez anos exercendo.
A vida sexual em casa, quase ou nenhuma. Eu e minha esposa, com quase mais de 40 anos de casado, desemvolvemos uma grande afinidade e o sentimento entre nos se tornou mais amizade.
Amo admirar as mulheres. E esta me chamou a atençao em especial desde o primeiro contato que tivemos.
A conheci em uma recepçao na casa de bons amigos em comum. Ela pegou meu cartao e me ligou no dia seguinte dizendo que precisava de uma consulta. Particularmente nao vi nada nela que afirmasse isto, mas por causua da impressao forte que ela me causou, nao tive duvidas em encaixa-la. Senti no primeiro momento que teria muitas emoçoes.