sábado, 9 de outubro de 2010

CAP. I

Um perfume adocicado invadiu a sala.
A sua primeira consulta estava marcada para ontem a tarde, mas ela ligara antes pedindo para adiar para esta manha.
Sempre fico ansioso por conhecer novos pacientes. Principalmente mulheres.
Ela se apresenta. Calma e fria, percebi.
Pergunto se gostaria de se sentar.
Ela me sorri, dizendo que gostaria mesmo era de se deitar.
Aponto-lhe o sofa aconchegante.
Percebo o seu andar leve, o vestido de tecido suave, dançando em seu corpo, de modo sensual. Afasto logo estes pensamentos, e tento me concentrar no verdadeiro motivo de te-la em meu consultorio.
Uma breve apresentaçao.
Sou medico psiquiatra, tenho 65 anos, casado, 3 filhos, 5 netos e moro em uma grande cidade do Brasil. Atendo em um consultorio particular alguns clientes e tambem em um hospital publico em uma comunidade carente.
Classe media alta, vivo confortavelmente em um apartamento com minha esposa e uma velha empregada.Vida social calma. Amo o meu trabalho, e pretendo ainda continuar por pelo menos mais ou menos dez anos exercendo.
A vida sexual em casa, quase ou nenhuma. Eu e minha esposa, com quase mais de 40 anos de casado, desemvolvemos uma grande afinidade e o sentimento entre nos se tornou mais amizade.
Amo admirar as mulheres. E esta me chamou a atençao em especial desde o primeiro contato que tivemos.
A conheci em uma recepçao na casa de bons amigos em comum. Ela pegou meu cartao e me ligou no dia seguinte dizendo que precisava de uma consulta. Particularmente nao vi nada nela que afirmasse isto, mas por causua da impressao forte que ela me causou, nao tive duvidas em encaixa-la. Senti no primeiro momento que teria muitas emoçoes.

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